sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pô! Me pedir pra ler site de maconheiro já é um pouco demais! Ou: questão de lógica elementar

Por Reinaldo Azevedo

Pô, pessoal! Mandar pro Tio Rei link do que sites de maconheiros andam dizendo sobre o blog? Sacanagem, né? Vocês não acham mesmo que vou bater boca com a turma, né? Aliás, deve ser coisa dos próprios autores. É preciso estar meio fumado para achar que vou entrar nessa. Eu lá quero saber o que maconheiros fazem da vida!? Por mim, se quiserem fumar o cocô do cavalo do bandido, não tou nem aí; não é problema meu. Eu debato é política pública.

Liberada a maconha, não há nenhuma boa razão para manter na ilegalidade as demais drogas. “Ah, são mais fortes…” Entendi: vamos permitir a alteração de consciência, mas só um pouquinho… O que deixa essa turma furiosa — e, até que não tenham resposta para isto, deveriam parar de torrar a paciência — é que não há argumento possível para a descriminação do crack, por exemplo. O desastre é muito visível. Daí o esforço para tornar a maconha alguma coisa leve, sem conseqüência, como tomar um Chicabon. O problema de evocar as drogas pesadas é que elas denunciam a real natureza da maconha.

Como o povo é ruim de lógica — e não seria um maconheiro a gostar desse esporte (é claro que os há inteligentes, apesar da droga, não por causa dela) —, as bobagens vão se acumulando. Há pesquisas aos montes, basta procurar, demonstrando que a primeira droga dos usuários de substâncias pesadas foi a maconha. Há uma escala e uma escalada. Aí o sujeito simplesinho diz assim: “Ainda que a primeira droga dessa turma tenha sido a maconha, a verdade é que um monte de gente fica só na maconha”. Mas isso reforça o meu argumento, não o dele. Como? Eu explico.

Se a maconha é a porta de entrada para a espiral sem volta, quanto mais pessoas expostas à primeira droga, maior será o número de pessoas caminhando para o abismo. A legalização da maconha seria apenas um fator de expansão do mercado consumidor das drogas pesadas, em cuja legalização ninguém fala porque a defesa da liberação da maconha só pode ser feita depois do assassinato da lógica. Em suma: AFIRMAR QUE A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA DIMINUI O PODER DO NARCOTRÁFICO E UMA FALÁCIA. SÓ AUMENTARIA A CLIENTELA DO TRAFICANTE DAS DROGAS QUE CONTINUASSEM PROIBIDAS. Ou, então, libere-se tudo! E que Deus tenha de nós a piedade que os homens não tiveram.

PS - “Se a pessoa quer o abismo, problema dela”, dirá um “liberal inocente”, achando ser um “liberal liberal”, em oposição a este “liberal conservador”. Infelizmente, não é assim. O exército de zumbis dos crack que vagam hoje pelas nossas cidades evidencia que não se trata apenas de uma questão de escolha pessoal.

Fonte: UNIAD

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