segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Educando Crianças com Inteligência Emocional_10/11

CASAMENTO, DIVÓRCIO E A SAÚDE EMOCIONAL DE SEU FILHO


Peça a quem teve pais malcasados para descrever suas memórias infantis e provavelmente você vai ouvir histórias tristes, confusas, amargas, cheias de falsas esperanças. Uns talvez se lembrem de como foi doloroso e desorientador ver os pais se divorciarem. Outros talvez tenham tido pais do tipo estóico, daqueles que, apesar de infelicíssimos no casamento, decidem ficar juntos por “causa dos filhos”. Aí, você pode ficar sabendo o sofrimento que foi para um jovem ver as duas pessoas mais importantes para ele, e que ele mais amava, viverem às turras.

Pouco importa que o casal seja casado, separado ou divorciado. Quando os pais vivem se tratando com hostilidade e desprezo, os filhos sofrem. Porque o clima de um casamento – ou divórcio – cria uma espécie de “ecologia emocional” para os filhos. Assim como uma árvore é afetada pela qualidade do ar, da água e do solo em seu meio ambiente, a saúde emocional da criança é determinada pela qualidade dos relacionamentos íntimos que a cercam. O relacionamento conjugal dos pais influencia a atitude dos filhos e suas realizações, sua capacidade de se relacionar e de regular suas emoções. Em geral, quando os pais se dão bem, a inteligência emocional dos filhos desabrocha. Mas os filhos que constantemente presenciam as desavenças dos pais correm graves riscos.

Como os conflitos conjugais e o divórcio podem prejudicar os filhos

Os filhos de pais cujo relacionamento se caracteriza por uma atitude crítica, defensiva e desdenhosa, estão mais sujeitos a manifestar comportamento anti-social e agressivo para com os colegas. Têm mais dificuldade de regular as emoções, de concentrar-se e de acalmar-se quando aflitos.

No início da adolescência, muitos filhos de casamentos desfeitos já estão envolvidos em toda a sorte de complicações juvenis, entre elas, queda do rendimento escolar, vida sexual precoce, abuso de substâncias e delinqüência. Também há alguns indícios, embora não tão fortes, de que os filhos de casamentos conflituosos e de pais divorciados, são mais depressivos, ansiosos e retraídos.

É indiscutível que os filhos ficam aflitos quando vêem os pais brigando. Estudos mostraram que até mesmo crianças pequenas reagem à discussão dos adultos com alterações fisiológicas como aceleração do ritmo cardíaco e elevação da pressão arterial.

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