segunda-feira, 30 de abril de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_4/12

Dislexias

A dislexia é certamente um obstáculo difícil, mas não barreira intransponível. Em primeiro lugar, o importante é que o obstáculo deve ser reconhecido. Se os pais e professores compreenderem exatamente quais são as dificuldades que uma criança com dislexia apresenta, eles poderão ser muito úteis, não somente mostrando simpatia e encorajamento, mas principalmente buscando uma didática mais adequada. A criança com dislexia difere das outras de mesma idade de várias maneiras. Estas diferenças não são evidentes em todas as crianças com dislexia e elas ocorrem em diversas combinações. O nível das dificuldades também varia muito. Pais e professores poderão reconhecer se as dificuldades são devidas a dislexia, fazendo a si próprios as perguntas que se seguem. A dislexia ocorre mais em meninos, porém pode aparecer também em meninas.

se tiver cerca de 8 anos e meio ou menos

ainda tem dificuldade de leitura;

ainda tem dificuldade para soletrar;

atividades não relacionadas com leitura e soletração é esperto e inteligente;

inverte os números, por exemplo 15 por 51 ou 2 por 5;

escreve "b" ao invés de "d";

necessita usar blocos ou dedos ou anotações para fazer cálculos;

tem alguma dificuldade incomum em lembrar a tabuada;

demora a responder;

confunde a esquerda com a direita;

é desajeitado (algumas crianças com dislexia são, mas não todas);

tem dificuldade em pegar ou chutar bola;

tem dificuldade em atar os sapatos, fazer nó numa gravata, vestir ou trocar de roupa;

se tiver de 8 1/2 a 12 anos

ainda comete erros negligentes na leitura;

ainda comete erros esquisitos na soletração;

omite algumas letras nas palavras;

não tem bom senso de direção , confundindo às vezes esquerda com direita;

às vezes confunde "b" com "d";

ainda acha a tabuada difícil;

ainda utiliza os dedos das mãos, dos pés e sinais especiais no papel para fazer cálculos;

a compreensão de leitura é mais lenta do que esperada na idade dele;

leva mais tempo do que a média para fazer trabalhos escritos na escola ou em casa;

lê muito por prazer ;

o tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas, parece ser mais lento do que o esperado para sua idade;

demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesmo;

se tiver 12 anos ou acima

há ainda erros na leitura;

quando faz soletração, nota-se ainda algumas incorreções;

as instruções, os números de telefone, etc... tem às vezes de ser repetidos;

se atrapalha pronunciando palavras longas (fraca experiência com palavras como: preliminarmente, filosoficamente, paralelepípedo);

se confunde, às vezes, com lugares, horários e datas;

muita verificação tem de ser feita antes de poder copiar corretamente;

ainda tem dificuldade com as tabuadas mais difíceis;

na forma tradicional de recitar as tabuadas , se perde e pula alguns números, esquecendo em que ponto esta;

diga-lhe quatro números, por exemplo 4 - 9 - 5 - 8, pronunciados em intervalos de um segundo, e, peça-lhe para dizer em ordem inversa;

ainda volta aos hábitos da idade anterior quando se cansa;

tem dificuldades em planejar e fazer redações;

Todas as Idades

há alguém mais na família com o mesmo problema;

você tem a impressão que existe anomalias e inconsistências na performance dele; que é esperto e inteligente em alguns aspectos mas parece ter um bloqueio parcial ou total em outros, difícil de explicar;

Dicas que podem ajudar:

Não o chame simplesmente de preguiçoso ou de desleixado.

Não faca comparações com outros membros da família ou com colegas de classe.

Não exerça pressão sobre ele a ponto de amedrontá-lo com a perspectiva de não passar de ano ou de deixar você desapontado.

Não exija que ele leia em voz alta perante seus colegas (sem seu consentimento).

Não espere que aprenda a soletrar uma palavra após escrevê-la repetidas vezes, com a finalidade de lembrá-la. Certamente não se lembrara.

Não fique surpreso se facilmente se cansar ou desanimar.

Não se surpreenda se a caligrafia for irregular ou feia. Boa caligrafia e muito difícil.

Não se surpreenda se o desempenho for incongruente; se em algumas ocasiões se sair bem e em outras não.

Não diga somente "tente esforçar-se", incentive nas coisas que gosta e faz bem feito.

Leia em voz alta.

Manifeste sua apreciação pelo esforço, como, por exemplo, elogiando por tentar escrever uma estória. Mesmo que ela contenha muitos erros, diga que a maioria das palavras estavam certas.

Estimule a olhar as palavras detalhadamente, poucas letras de cada vez.

Fale francamente sobre dificuldades dele.

Ajude a reconhecer que há muitas coisas que pode fazer bem.

Motive a ir devagar, dando tempo ao tempo.

O mais importante:

Procure ensino especial (possivelmente no sistema individual, através de alguém que seja especialista em dislexia).

Pesquisa: ABD

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