quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Você tem fome ou sede?_1/2


Ícaro Alves Alcântara
Revista UNICEUB

Beber água é um hábito saudável que deve ser desenvolvido por todas as pessoas.

A seguir, reproduziremos um caso relatado pelo Dr. Ícaro Alves Alcântara - Médico docente da disciplina SEMIOLOGIA do UNICEUB - Centro Universitário de Brasília.

Há cerca de um ano, atendi no HFA uma mulher dos seus "30 anos” com uma ENXAQUECA bastante comum: Cefaleia (Dor de Cabeça). A paciente relatava que já havia passado por otorrinos, oftalmos, neuros, clínicos gerais e até endocrinologistas, com as prescrições dos mais diversos tratamentos e a presunção de várias hipóteses diagnósticas, sem qualquer melhora. Entretanto, durante sua consulta, entre várias perguntas habituais, questionei o quanto de ÁGUA ela bebia por dia e de que forma (ou seja, com qual periodicidade).

A mesma afirmou que bebia pouquíssima água, porque não sentia sede, principalmente à noite. Após várias outras perguntas, suspendi todos os medicamentos e disse-lhe que ela precisava apenas TOMAR ÁGUA adequadamente. Um tanto quanto descrente, ela voltou para casa.

Após apenas uma semana, retornou contando que não sentia mais dores de cabeça, que os seus intestinos funcionavam melhor e que a sua disposição havia melhorado”.

Milagre?

Não, todos nós sabemos o quanto é importante uma ingestão adequada de água diariamente, mas quase sempre negligenciamos.

Todos os organismos vivos apresentam de 50% a 90% de água em si.

O próprio corpo humano é constituído em 70% POR ÁGUA que, em constante movimento, hidrata, lubrifica, aquece, transporta nutrientes, elimina toxinas
e repõe energia...

Preconiza-se o número de 1 copo de 200ml de água por hora enquanto estiver acordado. Assim sendo, a ingestão de água deve ser independente da sede, constante e rigorosa.

E não adianta deixar para tomar os 2 a 3 litros necessários diariamente de uma só vez.

Estudos mostram que o estomago capacita apenas 12ml/kg/hora, ou seja um adulto não conseguirá tomar mais de um litro de uma só vez sem "passar mal".

Se você ainda não se convenceu, observe:

Cabelos - falta de vitalidade;
Couro cabeludo - descamação;
Concentração - distúrbios;
Sono e Memória – com perda da disposição para realização das actividades diárias, em virtude da circulação cerebral por baixa quantidade de água que faz o sangue ficar mais "viscoso" e "grosso" e de circulação mais lenta;

Ressecamento dos olhos e tecido das vias aéreas - que com a baixa de humidade, sofrem lesões com mais facilidade por ficarem mais frágeis, assim tornando-se mais propensos a inflamações e infecções; conjuntivites, sinusites, bronquites, pneumonias, queda e enfraquecimento dos pêlos, baixa produção de saliva, distúrbios no aproveitamento adequado; lesões da pele - com aparecimento de cravos e espinhas pela não eliminação adequada das toxinas via pele e sua acumulação local.

Vitaminas e sais minerais - com excesso em alguns lugares e falta em outros, levando a cãibras, dormências, perdas de força muscular e problemas ósseos dentais.

É certo que há água nos alimentos, mesmo nos sólidos, mas a complementação da ingestão diária de água deve ser feita, periodicamente.

Uma forma de se observar se a quantidade de água é adequada, é observar a cor da urina, que deve ser incolor. Quanto mais forte, pouca ingestão de água está sendo feita.

Vale lembrar que é sempre bom evitar bebidas alcoólicas, ou não alcoólicas, que apesar de serem diuréticas evitam que se beba a água. 

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